Olá, pessoal! Cris Alves por aqui!
Hoje, vou compartilhar com vocês um relato bem emocionado de como foi o trajeto de fisioterapeuta a servidora pública concursada, passando pela consultoria de imagem como atividade paralela até, finalmente, abraçar o meu projeto de vida por completo. Detalhes e bastidores da decisão mais difícil e também a mais linda desse meu percurso. Entre a minha formatura em Fisioterapia, minha carreira como concursada no serviço público, minha temporada exercendo duas atividades simultâneas e, enfim, meu “voo solo” como empresária e educadora, o percurso não foi uma linha reta. Pelo contrário! Houve um tempo em que eu me vi cercada de dúvidas, de crenças irreais. Mas, no fundo, eu também me sentia tomada pelo desejo enorme de seguir o meu feeling para abraçar somente aquilo que eu mais gostava de fazer. Apesar de não receber o apoio incondicional de muitas das pessoas que estavam ao meu redor, eu fui elaborando e concretizando o meu plano para abandonar a vida dos sonhos que eu tinha e mergulhar num outro sonho maior ainda.
Algum ponto dessa história se conecta com o seu momento atual? Então, venha escutá-la com detalhes nesse áudio post.
É só dar um play aqui embaixo! Uma coisa eu garanto: é possível!
Como já falei por aqui em outras vezes, a minha formação acadêmica é em Fisioterapia. Me formei pela Universidade Federal de Minas Gerais em 2007. Mas naquela época, o mercado de trabalho estava muito complicado, muita concorrência, salários baixos e foi então que eu decidi prestar concurso público. E a carreira que me atraiu foi a de Consultora em Saúde Pública na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. E lá eu entrei, no ano de 2009, nesse cargo. Naquela época eu estava passando por uma fase de mudanças: estava com esse trabalho novo, me casei, casa nova… E aí veio uma crise de identidade, com relação a minha aparência e entre outros atributos que eu sentia que não estava demonstrando por completo. Foi então que eu conheci a Consultoria de Imagem, inicialmente como cliente.
Esse meu primeiro encontro com a Consultoria de Imagem, enquanto cliente, foi amor à primeira vista! Me abriu o olhar para um universo totalmente novo. Eu tenho de confessar que assim que eu tomei posse na Assembleia de Minas, já imaginava que eu teria de exercer uma segunda atividade em paralelo. Apesar de gostar muito do meu trabalho, a minha veia criativa me pedia para fazer algo complementar na minha rotina. Inicialmente imaginava que ia para fisioterapia na área de estética, mas, depois de ter feito uma lista com desejos de final de ano, entre eles tinha cursos de áreas que eu gosto, como fotografia, gastronomia, vinhos… E lá também tinha imagem pessoal. E foi assim que parei no meu primeiro curso de formação em Consultoria de Imagem. Era para ser um hobby mas, lá mesmo, no meu primeiro dia de aula, decidi que seria a minha segunda atividade profissional. Então esse foi o meu segundo encontro com a profissão.
E daí então, só consolidou a minha paixão. Comecei a atuar atendendo inicialmente meus colegas de trabalho do serviço público e, logo nesses primeiros atendimentos, algo chamou a minha atenção. O que eu poderia fazer em relação ao rosto do cliente? Nos cursos que eu tinha feito até então, o assunto sobre rosto não tinha sido estudado, mas algo me dizia que o rosto do cliente era o mais importante. E foi aí que eu me debrucei, comecei a estudar cada vez mais a análise facial, inseri isso no meu trabalho e nos meus atendimentos. E logo veio o convite para ministrar aulas e cursos. Inicialmente, nos cursos de outros colegas de profissão. Mas daí a pouco, comecei a ministrar os meus próprios cursos. Com tudo isso, com esse terceiro encontro que foi relativo ao rosto, a demanda e a paixão só aumentaram.
Vieram os lançamentos de Persoona® e Facetelling®, meus métodos autorais de trabalho, e cada vez mais o meu mergulho na Consultoria de Imagem me demandava meu esforço, minha energia e meu tempo. Até que, conciliar as duas profissões, o trabalho no serviço público e a consultoria de imagem, se tornou inviável. No ano de 2019, enfim, eu pedi minha exoneração do meu cargo como consultora em saúde pública, o que foi uma decisão muito difícil, pois, inicialmente, as pessoas me viam como maluca: como assim eu poderia abandonar um cargo público, um concurso que eu tinha estudado tanto para poder entrar, quando muitas pessoas estão fazendo justamente o caminho contrário, que é tentar a carreira como servidora estável, que era o meu caso. Eu não recebi um apoio inicial da minha família e os amigos também estranharam a decisão, mas o meu feeling me mandava pra isso.
Custou entrar na cabeça da minha mãe, por exemplo, como que eu poderia abrir mão de uma aposentadoria segura, de um trabalho totalmente estável. Na opinião dela, inicialmente, eu deveria fazer o possível para manter os dois trabalhos, um que me garantia estabilidade financeira e o outro, que eu amava. E assim também era com meus irmãos, meus amigos… Ou era a doida, ou eu era a corajosa, na opinião deles. E foi difícil bancar a decisão, até para mim mesma. Não fosse resultado de muita terapia, de muito bate papo interno e rever as minhas próprias crenças. Porque na minha cabeça, até por uma questão de vaidade, como é que eu poderia abrir mão de um concurso público, de uma vaga que eu estudei muito para poder ocupar, super concorrida e que foi um sinal de vitória durante muito tempo na minha vida. Como eu poderia abrir mão daquilo?
Sem falar também, na questão da estabilidade financeira que o concurso público te garante. A questão de pensar em como sobreviver sendo profissional autônomo no mercado, com todas as inseguranças que o empresariado brasileiro te fornece, foi algo que me colocou em cheque, várias vezes. Mas depois de muito pensar e de relutar contra mim mesma e essas crenças todas, eu tomei a decisão. E eu me lembro que foi em uma sessão de terapia, que eu me permiti verbalizar todas as questões, que saí de lá com a decisão tomada. E foi uma sessão de choro intenso. Porque parece que eu tinha tirado um piano das costas. Uma decisão que evitava tomar, que era a de tirar uma licença sem remuneração, que é um direito do servidor, finalmente eu consegui, como se eu fosse uma espécie de test-drive. E menos de um ano depois, eu já estava entregando a minha carta de exoneração.
Passado todo esse embate, interno e externo, depois que eu rompi a corda, depois que a exoneração foi publicada e que realmente não tinha mais como voltar atrás, senti um alívio muito grande! Pensei que eu tinha uma vida inteira para explorar, um mercado inteiro para desbravar e senti que eu tinha uma força interna ainda maior para poder trabalhar e me dedicar a projetos que estavam atrasados, justamente porque não tinha o tempo para poder me dedicar a eles. Penso que essa foi a melhor decisão profissional que eu já tomei na minha vida. Até mesmo em relação àquela que me levou ao concurso público. Com toda gratidão que eu tenho aos aprendizados que eu tive na Assembleia de Minas e com meus colegas, mas, esse vôo solo, tem me ensinado muito também, tem me feito crescer e enche os meus dias de propósito, de realização e de gratidão.
E fazendo uma retrospectiva de tudo que aconteceu, a minha decisão de me tornar consultora, a época em que eu exerci as duas atividades em paralelo, a exoneração e esse tempo em que estou me dedicando ao trabalho, ao voo solo enquanto consultora e empresária, vejo que agora tudo isso está sendo colocado em teste. Esse período pós-pandemia tem desafiado muito todos os profissionais autônomos. E mesmo nesse contexto de crise, em nenhum minuto sequer, passou pela minha cabeça o arrependimento de ter me exonerado do meu concurso público. Em nenhum momento! E o que eu tenho para dizer, para encerrar essa fala, é que eu tinha a vida dos sonhos. E sabe o que faz a gente abandonar a vida dos sonhos? Só um outro sonho maior ainda!
Com o meu abraço,