A dinâmica dos cabelos é um assunto muito popular. Frequentemente, recebo perguntas sobre o tema. A propósito, uma das questões que mais aparecem – tanto nas redes socias quanto no contato com clientes – é a adequação dos cabelos longos para mulheres maduras. É comum associarmos os cabelos compridos à jovialidade, o que não necessariamente é verdade. Vou explicar as duas vertentes disso. E, claro, a decisão é algo que compete sempre à própria mulher, conforme ela se sentir mais bela e segura de si.
Desde quando somos crianças, os cabelos são um tópico bastante sensível em nossas vidas. Mulheres são muito apegadas aos fios e, muitas vezes, passam anos tratando-os para que cheguem ao comprimento desejado. A grande maioria de nós sente um receio ao executar mudanças, independentemente da idade. E, claro, muitas pessoas já tiveram experiências traumáticas e dificilmente encontraremos alguém que nunca tenha se arrependido de um corte ou de uma coloração de cabelos.
Mas, afinal, mulheres maduras podem ter cabelos longos?
O mais importante é deixar claro que não existem regras! Se a mulher se sentir bem com as madeixas compridas, já tem motivos mais do que suficientes para mantê-las assim!
Quais mensagens são transmitidas pelos cabelos longos?
Cabelos longos estão associados à independência, à liberdade e, quando não têm estrutura de corte — como franjas ou camadas —, podem transmitir a ideia de falta de compromisso ou desapego. Essa despreocupação com os fios remete a um comportamento juvenil. Crianças ainda não têm vaidade. Logo, sozinhas, não têm o hábito de cuidar dos cabelos.
Quando os primeiros sinais de envelhecimento aparecem, há de se colocar outros pontos na balança. À medida que amadurecemos, a perda óssea promove o deslizamento das estruturas faciais e perda de volume facial. Além disso, perdemos em densidade muscular e, simultaneamente, acontece também o esvaziamento dos coxins gordurosos. Na camada superficial do rosto, observamos o aparecimento dos sulcos e das linhas de expressão. Enfim, percebemos claramente a ação da gravidade, principalmente no terço inferior do rosto. O “desabamento” das estruturas faciais associada ao acúmulo de flacidez faz com que a face adquira um formato mais “quadralizado”.
Linhas iguais se acentuam! Então, os cabelos longos direcionam o olhar ainda mais para baixo.
Sendo assim, cabelos longos podem evidenciar os sinais de envelhecimento.
Realmente, eles podem. Mas, nesse caso, também usamos uma palavra-chave na consultoria de imagem: depende!
Se os sinais de envelhecimento geram incômodo na pessoa, ela deve ficar atenta ao comprimento dos fios. Quando não tratados da forma correta, associados aos cabelos longos, os sinais do envelhecimento são realçados. Há diversas formas de tratá-los, seja por meio de procedimentos estéticos, cirurgias plásticas ou, até mesmo, levando um estilo de vida saudável.
Vale destacar que não me refiro à idade e, sim, aos sinais de envelhecimento: flacidez, rugas, linhas de expressão… Pode ser que esses sinais apareçam aos 35 ou aos 60, por exemplo! Depende da genética de cada uma.
Quando eles já estão muito aparentes, principalmente no segmento inferior do rosto, os cabelos longos irão reforçá-los, já que direcionam o olhar do interlocutor para baixo e enfatizam o movimento “terra”, sentido chão.
Já os cabelos acima da linha do queixo têm o efeito de direcionar o olhar do interlocutor para o alto. Com isso, as linhas ascendentes dessa geometria causam o belo impacto de se contrapor às linhas descendentes ocasionadas pelas marcas do envelhecimento. Funciona como uma espécie de “lifting” instantâneo. Um verdadeiro “up” no rosto!
Ainda está na dúvida se deve optar por uma nova estrutura de corte de cabelos ou não?
Escolha o que te faz sentir mais bonita, confiante e que esteja alinhado aos seus desejos de imagem! Todas as estratégias de imagem que aplicamos devem ter o objetivo de alcançar a melhor versão de nós mesmas. E é para este fim que devemos direcionar nossos esforços!
Com o meu abraço,
